domingo, 25 de abril de 2010

Joinville x Avaí: vai começar a decisão do Catarinense 2010

Mauro Ovelha já definiu o time, Chamusca segue fazendo mistério.
Há uma situação simples de ser entendida, óbvia até, mas que não deixa de ser bastante curiosa em relação ao duelo entre Joinville e Avaí, o primeiro da final do Catarinense, neste domingo, às 16h, na Arena.
Trata-se da existência de um favoritismo que gruda num dos finalistas no jogo de ida e migra para o outro no jogo de volta. Nasce a figura do favorito mutante, graças ao desempenho dos dois times no torneio.
A aparente contradição se explica. E para que se entenda a tese, é bom lembrar que sai campeão quem fizer mais pontos nos dois jogos. Em caso de igualdade, o que conquistar melhor saldo. Empate em tudo, dá Avaí pela melhor campanha na classificação geral.
O JEC é favorito, sim, na Arena. Por tudo que já rolou neste Estadual, pelo título do turno lá conquistado, por não ter perdido em seus domínios no regional.
Há outro detalhe: o JEC, desde que o returno acabou, só descansa, só se prepara, só respira clássico e decisão. O Avaí não comeu grama em dois jogos encardidos diante do Grêmio e passou por um clássico de tirar o fôlego contra o Figueirense. Teve feridos de “guerra”, mas tem um grupo forte e tenta recompor seus quadros para mais um desafio árduo.
E, óbvio, o Avaí é favorito para o jogo de volta, no Estádio da Ressacada, porque, lá, ninguém vence o Leão. Literalmente. Desde setembro do ano passado, quando foi batido pelo Internacional, pela Série A do Brasileiro, nenhum time consegue o feito.
Tal lógica deixa muito claro o que, salvo uma anomalia, vai definir o título. O tão famoso saldo de gols. Leva quem vencer melhor, quem tiver mais ímpeto em seus domínios, sob o grito de incentivo de seus fanáticos torcedores.
Claro, o futebol não é tão simples, nenhuma análise reducionista resiste se os deuses do futebol programarem um daqueles embates diferentes, se abençoarem um jogador com uma atuação de gala, se algum time sofrer pane e for goleado, se o árbitro influir no resultado. Se houvesse a certeza científica, não seria tão emocionante. Mas a simplicidade e a racionalidade exigem que esta interpretação predomine, que a teoria do mando como decisivo seja a mais aceitável, pelo menos até que a bola role. Joinville, fé no ataque O Joinville precisa de gols. Por isso, tem Chris e Lima. Os atacantes tricolores tem personalidades opostas e maneiras diferentes de jogar. Talvez assim, transformaram-se em uma dupla de ataque de perfeita sintonia. Juntos, marcaram 21 gols no Campeonato Catarinense. Neste domingo, dia 25, a torcida tricolor espera muito mais. Lima é a frieza na área, o toque final. É mais razão, posicionamento e inspiração. Chris é muito mais vibração. Lima fez 10 e Chris tem um gol a mais. Mistérios avaianos á 12 dias, o torcedor do Avaí começou a cruzar os dedos. Tudo porque dois de seus principais jogadores estavam machucados e corriam o risco de ficarem parados por um bom tempo. O medo deu lugar à esperança quando o departamento médico do clube entrou em ação e tratou de dar atendimento vip aos ídolos do Leão. A situação exigia. O meia Sávio, 36 anos, e o atacante Vandinho, 23, são jogadores decisivos e, em um lance, em uma jogada, podem definir o resultado. Vandinho tem faro de gol. Foi goleador do time em 2008 e agora, antes de se machucar, marcou sete gols em três jogos. Neste domingo, diante do Joinville, pelo menos um deles deve entrar em campo para a alegria do torcedor azurra. As chances são maiores para Vandinho, que treinou na véspera e pode jogar. Já a situação de Sávio é uma incógnita. Talvez o técnico Péricles Chamusca saiba o final desta história, mas certamente ele manterá o suspense. Faz parte do jogo. Segurança na Arena, Cento e cinquenta policiais militares trabalharão no entorno do estádio e dentro da Arena no primeiro jogo da final do Campeonato Catarinense. Em campo, pela primeira vez nos jogos em Joinville, a PM vai utilizar cães — serão oito. Dez policiais a cavalo também trabalharão no local. A segurança da torcida avaiana também está garantida. Viaturas do Grupo de Resposta Tática (GRT) aguardarão os ônibus no Posto Sinuelo, na BR-101, e os acompanharão até o estádio. O mesmo processo ocorre na saída da cidade.
Fonte: DIÁRIO CATARINENSE E MARCOS CASTIEL

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