Mexicanos fazem pressão na arbitragem após gol irregular.
Até os 26min do primeiro tempo, a Argentina estava perdida em campo no Estádio Soccer City na partida que terminou 3 a 1 para os sul-americanos. O México dominava o meio-de-campo, Salcido tinha colocado uma bola no travessão e Guardado não tinha aberto o placar das oitavas de final da Copa do Mundo da África do Sul por muito pouco.
Nervoso com o domínio adversário, Maradona consultava seus assistentes toda hora e não parava de passar instruções para os seus jogadores. Messi abusava do individualismo e desperdiçava as melhores chances argentinas por esquecer que jogava com outros atacantes ao lado. O cenário era preocupante e a Argentina encontrava um adversário que a encurralava.
Mas um erro da arbitragem italiana mudou o panorama da partida. O assistente Stefano Ayroldi não levantou a bandeirinha em um impedimento claro de Tevez (nenhum jogador estava atrás do argentino) e o árbitro Roberto Rosetti validou o lance. Nada mais foi igual no jogo.
Como é comum, Maradona não economizou energia na comemoração. Pulou, invadiu o campo, abraçou a comissão técnica e foi festejar com seus jogadores. Sabia que o gol era achado, que o time estava perdido em campo, mas a partir de então passou a se comportar como em todos os jogos na primeira fase.
Com a vantagem no placar, a Argentina melhorou e chegou ao segundo gol após falha grosseira de Osório sete minutos mais tarde. Alguns vão dizer que o mexicano ainda estava sob o impacto do gol irregular e tudo o que aconteceu depois é reflexo da arbitragem. Impossível afirmar.
Mas o que se viu depois do segundo gol foi uma Argentina mais próxima do que foi na primeira fase. Jogando para a frente, com os atacantes soltos, Maradona quase invadindo o campo a cada jogada mais dura dos mexicanos e com a mesma insegurança na defesa.
O terceiro gol de Tevez, o gol mexicano de Hernandez e a vibração tradicional de Maradona só completaram um jogo que foi decidido aos 26min do primeiro tempo.
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